segunda-feira, 27 de abril de 2009

Máscaras de mergulho - dicas







Bem, amigos, um dos apetrechos de mergulho que mais se deve cuidar, é a sua máscara de mergulho, claro que o regulador, a qualidade do ar no cilindro são bem mais importantes, mas para quem ainda está no começo do treinamento em mergulho, é bom prestar atenção nos detalhes das fotos, e algumas dicas. Eu e Deb mergulhamos no Lago Paranoá aqui em Brasília e fizemos estas fotos ilustrativas sobre máscaras de mergulho.



Posição da máscara no mergulhador em superfície, nunca em cima da cabeça, pode ser considerado pânico do mergulhador, então, lembre-se, quando tiver em mar aberto, se quiser retirar a máscara, deixe-a no pescoço, a Deb mostra o mergulhador em pânico e eu como se deve estar.



Outro ponto muito comum, é o embaçamento da máscara, observe a diferença da minha e da Deb, para quem não tem experiência pode ser muito ruim, no mínimo vai perder de ver alguma coisa interessante durante o mergulho e causar stress no mergulhador. Dicas: trate a sua máscara sempre antes de mergulhar, existem várias maneiras de se fazer isto, desde queimar a gordura e outras substâncias com isqueiro, até os antiembaçantes, caso não tenha prática, pergunte a um mergulhador mais experiente, com certeza ele terá prazer em explicar. Mas não esqueça, faça isto antes do mergulho. Mesmo assim, se sua máscara embaçar, faça o alagamento e desalagamento da mesma, calmamente, durante o mergulho. Alguns mergulhadores, recomendam deixar um pouco de água dentro da máscara, depois de alagá-la.



Qualquer outra dúvida entre em contato.



Boas borbolhas a todos.






Cristiano Melo, 26 de Abril de 2009.

domingo, 26 de abril de 2009

Donzela



A Donzela-marrom, Chromis multilineata, da Família Pomacentridae, ocorrem em águas tropicais e subtropicais de todo o Atlântico, sendo que no Brasil aparecem de Norte ao Sudeste. São encontradas normalmente em médias a grandes agregações nadando desde o fundo até a superfície da água. De hábitos diurnos, é na superfície que ela encontra o seu alimento preferido, o plâncton (copépodos principalmente). Costumam ser vistas junto com outros peixes, incluindo outras espécies de donzelas. Tranqüilas, afastam-se e procuram abrigo somente quando ameaçadas.
Outros nomes vulgares: donzela, cavalley pilot (Santa Helena), cromis pardo ou cromis prieto (Cuba) e yellow-edge chromis (Austrália e USA).

terça-feira, 21 de abril de 2009

Cirurgião









O Cirurgião, ou barbeiro-azul, Acanthurus coeruleus, são nectônicos costeiros de águas rasas, vivem em fundos coralíneos, rochosos e/ou arenosos. Sua forma juvenil é amarela como se vê em uma das fotos. Vão desde o azul ao preto. Alguns biólogos afirmam que modificam sua cor para azul quando em época de acasalamento e ficam em grandes cardumes, como nestas fotografias feitas em porto Seguro. para alguns este peixe é mais conhecido como a personagem Dory do filme Procurando Nemo.
Outros nomes vulgares: barbeiro-azul e peixe-doutor

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Tubarão-lixa


O lambaru, Ginglymostoma cirratum, da Família Ginglymostomatidae, possui um corpo arredondado com a cabeça larga e achatada e boca pequena. Cinco pequenas fendas branquiais muito próximas uma das outras. Um curto barbilhão carnoso na margem de cada abertura nasal, alguns chamam de “bigode”. Os olhos são pequenos e não possuem membrana nictante, o que dá pra visualizar bem nesta fotografia feita em Fortaleza-CE, um dos melhores pontos de mergulho que já tive oportunidade de fazer, o único problema são os fortes ventos que tornam a operação mais delicada, mas vale muito a pena, com visibilidade de 30 m fácil! Bem, sobre o lambaru, possui uma média de 3 m, mas podem chegar a 4,3 m de comprimento total. Aparecem nas águas tropicais e subtropicais do Atlântico e Pacífico. No Brasil, são raros no Sul.
São lentos, sedentários e de hábitos noturnos, encontrados normalmente imóveis no fundo na areia, junto às pedras e até mesmo em tocas. Alimentam-se de peixes (bagres, tainhas e baiacus), crustáceos (lagostas e camarões), moluscos bivalves e alguns invertebrados que encontram na areia. Capturam suas presas por meio de uma forte sucção bem característica. Infelizmente estão na lista da Fauna Ameaçada de Extinção (IBAMA).
Outros nomes vulgares: barroso, cação-lixa, lixa, tubarão-enfermeira, tubarão-pajem, carpet shark (Inglaterra), squalo nutrice (Itália), tiburón de arena (Espanha) e tubarão-dormedor (Portugal).
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SER INADEQUADO
Talvez eu não seja o homem mais adequado,
Não seja adequado ao que você procura.

Talvez eu não seja o que se costuma esperar de alguém,
Ou, seja mesmo inadequado.

Mas não consigo imaginar alguém mais real e humano,
O que tenho a oferecer é simples e ao mesmo tempo complexo.

Simples pelo fato de ser o que é,
Complexo pelo mesmo motivo.

O tesouro que tenho é nada mais que o meu próprio ser,
Já não ofereço mais rosas apenas.

Flores são belas, mas perecem,
E o que tenho é imaterial e imperecível,

Talvez por isto mesmo assuma nuances densas e fortes,
Mas são brilhos apenas, nada além disso, brilho.

Brilho devido ao refletir a luz, caso contrário,
Sem reverberação, é fosco, como diamante bruto.

Talvez eu seja mesmo inadequado!

Cristiano Melo, 25 de Dezembro de 2008.

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Borboleta-listrado

O Borboleta-listrado, Chaetodon striatus, da Família Chaetodontidae, possui o corpo branco com três faixas pretas verticais, fora a “característica” faixa que passa pelo olho. Possui focinho pontudo com a boca pequena, terminal e protáctil com olhos relativamente grandes. Ocorre em águas tropicais do Atlântico, sendo que no Brasil é encontrado em quase todo o litoral. São encontrados solitários como este da foto, em Porto Seguro-BA, ou aos pares nadando por entre as pedras do fundo. Alimentam-se de pólipos de coral, anêmonas, pequenos invertebrados bentônicos e ovos de moluscos. Tranquilos, tendem a ignorar os mergulhadores e só se afastam ou se escondem quando ameaçados. Nomes vulgares: boca-de-moça (PE), borboleta, carapiaçaba, castanhola (BA), freire, parum (CE), quebra-prato, mariposa (Nicarágua) e school mistress (Barbados).
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Borboletas com asas de tamanho e cores variados,
Esvoaçam na carne plena de ilusão.
Algumas suaves, cócegas!
Outras vorazes, chagas!
Ainda no útero amadurecem
Indóceis casulos.
Ao nascimento,
Crisálidas partidas.
Bebê chora e sorri,
Borboletas algozes proliferadas.
Sem pólen, sonhos as alimentam.
Há época de paz, borboletas sem fome.
Há época de batalha, borboletas famintas.
Pensamento levado com o movimento.
Um dia, ó talvez um dia...
As borboletas escapem pelos orifícios,
E permitam a carne ser a alma a que veio.
Talvez assim, ó talvez...
Possa se encontrar a liberdade de pensamento.
Calma branda descoberta!
Cristiano Melo
OBS: poema apenas ilustrativo, nada tem com o comportamento real do Borboleta

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Coral









Estes corais foram fotografados em Porto Seguro-BA.
Os corais são denominados de corais pétreos pois secretam um esqueleto de carbonato de cálcio, produzindo uma taça, dentro da qual se aloja o diminuto pólipo. Existem indivíduos solitários (Gênero Fungia), porém a maioria é colonial. São os principais formadores dos recifes de coral. cada pólipo forma sua taça calcárea sobre a estrutura de outro indivíduo morto. Deste modo, cresce a colônia e todo o recife.
Os corais construtores de recifes vivem associados a algas chamadas Zooxantelas, recebendo delas oxigênio e parte do alimento produzido por fotossíntese. Por isso, o crescimento dos recifes só é possível em águas quentes e com boa penetração de luz solar. Os recifes da costa do nordeste brasileiro não são coralíneos, mas formados pela ação de vários organismos como esponjas e corais, entre outros. Neles existem corais verdadeiros, mas devido à desembocadura de grandes rios como o São francisco e o Amazonas, que carregam muito material em suspensão, a água do litoral é turva, prejudicando o crescimento das algas e corais.
São celenterados que participam da Classe Antozoa.
Tipos de recifes de coral: franjas, barreiras, atóis e chapeirões (característica no Brasil).

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Pare para olhar o Sol.
Ele é real
Chova ou faça Sol,
Claro ou escuro...
Perceba o mundo além do seu,
Que é pequeno,
Sem percepção.
Então
Observe:
Existem diversos mundos.
Liberte-se das amarras
Alheias e próprias,
E, simplesmente, viva!
O Sol existe
Acima de nossas cabeças pequenas
E dentro de nossos enormes corações
Cristiano Melo, 13 de Abril de 2009



Lulas

Molusco da Classe Cephalopoda, do gênero Loligo, as lulas costumam nadar em grandes agregações como na foto feita em Arraial do Cabo-RJ. Ariscas, geralmente se retraem na presença dos mergulhadores. Se forem acuadas, nadam rapidamente por meio de seu sifão, que expulsa a água para um lado e a movimenta para o lado oposto.



Tentáculos, ventosas e veneno,
Visíveis e perceptíveis pelo comportamento,
Agarram suas presas defesas,
Que nem lhe expiam o pensamento.

Respirar torna-se tarefa
Não há como fazê-lo sem esforço.

Suplantar vida de chantagens rotas?
Os esporos saltam os lábios enrugados
Cospem ácido escondido em palavras grotas.

Na mesma fala amorosa de recorde familiar,
Que aprendera a não direcionar mal olhar,
Ato contínuo, futura nora desdenhada!

No arrastado da perna encolhida,
Da garganta reclamada e ardida,
Surge então a chantagem maldita.

Cristiano Melo, 02 de Janeiro de 2008.
OBS.: Poema puramente ilustrativo, de maneira alguma representa o comportamento das lulas.

domingo, 12 de abril de 2009

Borbolhas






Bolhas de sabão ao vento,
Estreitam-se aos céus,
Estourar na mão, desatento.
Sofregam tênues véus.

Arco-íris refletido em superfície,
Ar contido na esfera interior,
Frágeis em sua superfície,
Da formação simples exterior.

Sinto-me como bolha,
De sonho ou sabão,
Em meio à mortal rolha.

Quando se estoura o coração
Partículas líquidas em folha
Caem todas respingantes ao chão.

Cristiano Melo, 22 de Fevereiro de 2009.

sábado, 11 de abril de 2009

Local de Mergulho: Lago Paranoá em Brasília-DF


uma surpresa durante a parada de segurança a três metros


Deb, entrando na combi



a cor da água na superfície


Em Brasília, pelo simples fato de estar no centro do continente sul-americano, não quer dizer que não se possa mergulhar. Há sim, pelo mais incrível que possa parecer, um costume quase em fase de se transformar em cultura local, que é mergulhar no lago Paranoá. Claro que não é nenhum ponto de mergulho como Fernando de Noronha, Recife ou Abrolhos, mas é o ponto de mergulho dos brasilienses. Existem várias lojas credenciadas onde se pode fazer cursos e comprar equipamentos de mergulho. Mergulhador de Brasília é conhecido no resto do país por sempre estar muito equipado, com computadores de pulso, rebreathers e um monte de parafernália de tecnologia de ponta.Uma das maiores vantagens do mergulho no Paranoá, é que não há necessidade de embarcação, basta levar o material no carro, se equipar e cair na água, tão somente. Existe um ponto de mergulho que é bom ir de barca, mas muitos possuem lanchas e são camaradas e podem lhe levar de uma margem à outra e ainda mergulharem com você.O ponto mais conhecido de mergulho é o da Barragem do lago, onde se alcança facilmente os quarenta metros de profundidade, então, só mergulhadores avançados, no mínimo. Há uma densa suspensão de poeira, por volta dos vinte metros, que faz com que o mergulho se torne noturno mesmo ao meio-dia. Lanternas, principal e secundária, são obrigatórias, bem como facas devido à presença de linhas e redes de pescador que podem enorscá-lo facilmente.A paisagem antes de cair na água é belíssima, o clima é descontraído como em toda operação de mergulho e embaixo pura diversão.Sim, em Brasília também se mergulha, e para mergulhadores mais experientes, trata-se de um excelente local de treino, pois é um mergulho em altitude e profundo.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Papudinha

Seu nome científico é Pempheris schomburgkii. Medem no máximo 0,15 m de comprimento e em média 0,8 m. Ocorrem nas águas tropicais do Atlântico. No Brasil, ocorrem em quase toda a sua costa marinha. Tem habitat nectônicos costeiros de águas rasas, vivem em grandes cardumes em lugares abrigados da luz, como grandes tocas ou fendas rochosas. Alimentam-se basicamente de zooplâncton, especialmente as larvas de invertebrados. Dependendo da região podem ser chamadas popularmente de piaba-do-mar ou salivão.
Tem esse nome por parecer que estão grávidas, um formato engraçado e lúdico.
Estas foram fotografadas no mesmo ponto de mergulho do paru-rajado abaixo.

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A espera (papudinha)

Espera-lhe ao lado da porta,
Enquanto não vem.

Espera-lhe com o fogo aceso
Do fogão à lenha,
Do seio em brasa.

Cheiros se confundem,
Enquanto não vem.

Os odores
Do sabão de coco,
Da colônia da venda,
Do frango caipira ao molho pardo,
Daquilo guardado.
Quer-lhe ousado!

Gritam acolá
E a face rubra cora
Antes do beijo,
Estupora!

Veio,
Foi!

Espera-lhe com panelas sujas,
Pratos engordurados,
Lençóis manchados,
E o filho no ventre.
Grávida,
Enquanto não vem.

Cristiano Melo, 11 de julho de 2008.




terça-feira, 7 de abril de 2009

Paru-rajado


Este paru-rajado, Holacanthus ciliaris, estava entocaiado numa estreita faixa coralina que mal dava para passar um mergulhador.
Chegam ao máximo de 0,45 m de comprimento total e 1,5 Kg de peso. Em média, medem 0,3 m e pesam 0,4 Kg. Este deveria estar dentro da média ou um pouco abaixo dela.
Sua ocorrência se dá em águas tropicais e subtropicais do Atlântico. No Brasil, surge do Norte ao Sudeste.
Geralmente são encontrados solitários ou aos pares nadando por entre os corais, pedras, rachas e tocas de fundo (como é o caso aqui).
Alimentam-se de algas e invertebrados bentônicos. Quando muito jovens atuam como limpadores de ectoparasitas dos outros peixes.
Dependendo da região também pode ser chamado popularmente de anjo-rainha, parum-amarelo e parum-dourado.
Local da fotografia: Recife de Fora (ponto de mergulho: Pedra da Garrafa, onde se encontram muitas tocas como esta) em Porto Seguro-BA.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Mergulhadores I

O homem já é uma realidade nos locais de mergulho e em outros locais da costa marinha brasileira. Daí a inspiração de inseri-lo na fauna marinha do Brasil. A comunicação subaquática é feita por meio de sinais internacionais, daí você conseguir mergulhar em qualquer lugar do mundo e conseguir se comunicar sobre o mergulho com mergulhadores em qualquer língua.
Nos diversos continentes e aqui no Brasil também, os mergulhadores servem como uma barreira aos corais, pois muitos acabam participando de ONGs junto a Biólogos marinhos e outros ativistas que tentam preservar a fauna e a flora marinhas. Apesar disso em alguns pontos o turismo predatório leva pessoas despreparadas para se fazer o que se chama de batismo e estes mergulhadores de um dia acabam batendo nos corais e causando algum prejuízo, mas mesmo assim, ainda é melhor que se tenham mergulhadores comprometidos com o meio ambiente para se assegurar nossa existência na terra. A importância dos corais para os mares é indiscutível, falarei mais pormenorizado sobre o assunto oportunamente. Para quem é mergulhador: boas borbolhas e cuidado com o meio ambiente.










sexta-feira, 3 de abril de 2009

Disputa ou Cortejo?




Com expressões de "pouco-amigos" e mostrando os dentes, estes dois aí estavam há minutos nesta "dança" engraçada, próximo a eles havia um filhote. Bem, confesso que não sei se são dois machos ou duas fêmeas, mas parecem ser do mesmo gênero, devido ao formato, cor e tamanho, daí pensar mais em disputa que em cortejo...