domingo, 31 de maio de 2009

Lagosta





A lagosta, Panulirus spp, pertence ao Filo Arthropoda, com cerca de ¾ de todas as espécies conhecidas no planeta. É neste filo que se encontram as classes dos insetos, crustáceos (no caso da lagosta), aracnídeos, quilópodes e diplópodes. As características marcantes dos artrópodes – responsáveis pelo sucesso ecológico do grupo – são as patas articuladas, que dão origem ao nome do grupo, além da presença de um exoesqueleto, formado por placas articuladas que revestem e protegem todo o corpo, não raro encontramos este exoesqueleto durante um mergulho, pois quando o animal cresce, deixa o mesmo como uma casca, são as mudas periódicas dos artrópodes.

A maioria dos crustáceos é marinha, embora existam representantes na água doce e em terra. As características dos crustáceos mais marcantes são a presença de dois pares de antenas na cabeça e o corpo dividido em cefalotórax e abdome. Além dos dois pares de antenas, possuem dois olhos compostos, geralmente pedunculados e, ao redor da boca, um par de mandíbulas e outros apêndices onde se situam as brânquias.

As lagostas possuem carapaça bem desenvolvida e uma coloração e forma variadas, podem possuir corpo recoberto por espinhos e longas antenas, ou duas grandes garras utilizadas em sua proteção e apreensão de alimentos.

Nomes vulgares: lagosta-vermelha, lagosta-azul e lagosta-sapata.

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Descontração pos-mergulho

Com a Érika Brasil em Fortaleza

Com o Dive Master em Fortaleza


Com minha maninha Diana em Fortaleza


Com o pessoal da Arraial Sub e meu dupla de curso de Rescue Diver em Arraial do Cabo



Com o Fred em Mara Rosa-GO


Uma das melhores situações no mergulho é o tempo de superfície e a espera para o outro mergulho, ou simplesmente o tempo de voltar para o cais. Melhor ainda é o tempo de fundo, durante o mergulho. Nestes momentos há uma interação com mergulhadores de todos os lugares, brasileiros e estrangeiros, rica experiência, em que há a troca de informações sobre o mergulho feito e a identificação, ou não, dos mergulhadores entre si.
Eu sempre faço amigos nas minhas borbolhas por aí. Descontração num local mágico e de belas imagens, pura poesia!

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Enxada


A enxada, Chaetodipterus faber, possui no máximo 0,9 m de comprimento total e 9 Kg, ocorrem nas águas tropicais e subtropicais da costa americana do Atlântico, sendo que em quase todo o território brasileiro. Pelágicas demersais costeiras de águas rasas, vivem e nadam ativamente a meiaagua ou próximo ao fundo nas áreas rochosas e/ou coralinas. São muito comuns em praias arenosas, como é o caso desta enxada fotografada em Fortaleza no Ceará. São encontradas em pequenos grandes cardumes (com até 500 peixes) em constante movimento. Outros nomes vulgares: paru (percebam a dificuldade, vários têm este nome), paru-branco, parum-branco e tareira.

domingo, 17 de maio de 2009

Frade




O Frade, Pomacanthus paru, da Família Pomacanthidae, ocorrem nas águas tropicais e subtropicais do Atlântico. No Brasil, aparecem do Nordeste ao Sudeste. São nectônicos costeiros de águas rasas. São encontrados solitários ou em casal. Alimentam-se de algas, esponjas, gorgônias, briozoários e outros invertebrados bentônicos. Não temem a presença humana e costumam se aproximar dos mergulhadores com certa curiosidade. Sua característica é possuir um anel amarelo ao redor do olho que, além de suas cores mais marcantes, o diferem de um parente próximo, o Paru, que possui uma coloração menos vistosa. As formas juvenis deles, do Frade e do Paru, têm quase as mesmas características físicas, sendo difícil a sua classificação.
Outros nomes vulgares: paru (aqui a confusão, alguns praticamente chamam de paru ou de frade, espécies diferentes), paru-da-pedra, paru-frade, paru-listrado (forma juvenil), paru-preto, peixe-anjo (RJ), angelote francés (Espanha), banderita (República Dominicana) e chivirica francesa (Cuba).

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Modificações no Blog

Caros amigos que acompanham este blog:
Percebi que o nome anterior, devido à epistemologia da palavra Cultura ser muito variada, e a expressão "cultura aquática" ser empregada como cultivo de peixes e outros significados, resolvi alterar o nome do Blog e alguns marcadores, uma vez que este espaço não se destina a práticas de criação de peixes para fins comerciais ou outros. Assim, espero que possam aparecer pessoas interessadas nas informações que trago sobre biodiversidade e pontos de mergulho, como dicas e experiências pela prática deste esporte, bem como continuarei na linha de relacionar literatura aos posts passados e futuros.
Grato pela atenção.
Cristiano Melo

sábado, 9 de maio de 2009

Baiacu-de-espinho

O baiacu-de-espinho, e aqui há uma certa confusão sobre seu nome científico, uma vez que existem diversas espécies de baiacus, em famílias diferentes, só uma demonstração, de que a taxonomia pode ser um tanto complicada, segundo Marcelo Szpilman, em seu “Peixes marinhos do Brasil” de 2000, ISBN 85-900691-2-5, pg. 268, identifica-o como Diodon histrix e que na Inglaterra é chamado de Porcunpinefish, na Espanha de Pejerizo Común e na França de Porc-Épique boubou. Aqui no Brasil ele é chamado regionalmente de Baiacu-graviola no Ceará. No Peru: Graviola, peixe-ouriço, batata e batea.
Atinge o comprimento máximo de 0,30 m e em média medem 0,13 m. Ocorrem nas águas tropicais do Atlântico e em outros oceanos, são bentopelágicos costeiros de águas relativamente rasas, sendo comum vê-los mortos na praia de Arraial do Cabo no Rio de Janeiro quando se faz caminhada pela praia. Os jovens têm hábitos pelágicos, enquanto os adultos são bentônicos e frequentemente são vistos na entrada de suas tocas observando os arredores.
Sua característica, talvez a mais conhecida, de se autoinflarem, faz com que seus corpos pareçam bem maiores do que realmente são, e, ao mesmo tempo, impedem que sejam engolidos por seus predadores. Infelizmente, alguns mergulhadores sem consciência de sua interferência no meio ambiente, costumam pegar o baiacu pela sua cauda para forçá-lo a inchar, como se fosse uma brincadeira. Estejam alertas para chamarem a atenção desses indivíduos.

domingo, 3 de maio de 2009

Corais - preservação necessária

Mussismilia

Milepora

Favia gravida

Montastrea

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Os recifes de corais do Brasil se distribuem ao longo de 3000 km da costa nordestina e são os únicos do oceano Atlântico Sul. Eles estão localizados entre os estados do Maranhão e da Bahia, incluindo as ilhas que compõem os arquipélagos de Fernando de Noronha e Abrolhos e o Atol das Rocas. Em determinados pontos desses estados, as colônias dos corais brasileiros estão ameaçados.
O branqueamento dos corais tem como principal causa o aumento da temperatura da água. Outras ameaças para os recifes são a erosão costeira – provocada por desmatamento, agricultura e desenvolvimento industrial mal planejado – a poluição e a pesca predatória.
A falta de controle do turismo em pontos dos recifes de corais causa danos por conta da ancoragem inadequada, vazamentos de óleo, lixo, pisoteio e mergulhos sem a devida orientação e educação ambiental. Muitos turistas, por até falta de informação arrancam pedaços do recife para levar como souvenir.
Os recifes são formados a partir de organismos marinhos, animais e vegetais. A construção da estrutura é feita por depósitos maciços de carbonato de cálcio, produzidos por corais e algas, além de pequenos outros seres que também possuem esqueletos calcários. Os recifes precisam de águas quentes, em áreas tropicais com correntes de temperaturas elevadas (entre 23ºC e 25ºC) como a da costa nordeste do Brasil. A salinidade, a transparência da água e a profundidade são determinantes para a formação dos recifes.
Os recifes funcionam como abrigo a seres marinhos, como esponjas e peixes de menor porte, além de meros, tubarões e lagostas, formando uma região com uma cadeia alimentar eficiente, o que torna os recifes importantes para quem depende da pesca.
Os recifes contêm a maior reserva de biodiversidade dos oceanos, comparados, na Terra, às florestas tropicais.

Fonte: matéria do Correio Braziliense, do dia 3 de maio de 2009, páginas 10-11.





sábado, 2 de maio de 2009

Pinguim







O pinguim é o nome vulgar de qualquer ave marinha não-voadora do hemisfério sul. São encontrados na América do Sul, África, Nova Zelândia, Austrália e na Antártida. Esses que aparecem na foto, fazem parte de uma pinguineira, comunidade dessas aves, preservada numa pequena ilha na Terra do Fogo, em Ushuaia na Argentina.
Geralmente formam casais que só se "dirvociam" se não conseguirem reproduzir e também ficam viúvos podendo não formar mais casal ao longo de sua vida. Há mais de vinte espécies de pinguins, que pertencem a ordem Sphenisciformes. São aves curisosas e barulhentas, sua comunicação é muito estridente. Realizam todas as funções vitais na água, mesmo dormir. Flutuam facilmente graças a grande quantidade de gordura e nadam com rapidez, usando apenas as nadadeiras, servindo as patas como leme. São muito especializados para o mergulho; suas asas rígidas assemelham-se às aletas de outros vertebrados nadadores. São capazes de deslocar-se a uma velocidade de 40 km/h. Costumam passar a maior parte do tempo na água, nadando com a ajuda das asas.
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Ninhos
Criar um ninho envolve dedicação!
Trabalho delicado e atento,
Partes escolhidos para um mosaico
De criação e transformação.

Pedaços, partes,
Gravetos, galhos,
Sementes, grãos...

No bico das aves,
Nas garras das onças-pintadas,
Nas patas dos tatus,
Na pressa relativa das preguiças.

Construir um ninho envolve afeto!
Sentimento interior, instinto,
Relógio biológico,
Vulnerabilidade sustentável.

Entregas mútuas,
Labores solidários,
Companheirismo efetivo.

Viver num ninho envolve amor!
Afeto possível conjunto.
Conjugar os viveres,
Consumar criatividades.

No desejo humano,
Na esperança casada,
Na singela e tênue linha do querer,
No casal que se forma.

Que o ninho criado,
Construído,
E vivo
Seja fértil, fantasia tornada real!


Cristiano Melo, 25 de outubro de 2008.